Um longo caminho para casa – Danielle Steel



Outro dos livros que me acompanhou neste verão foi o romance de Danielle Steel “Um longo caminho para casa”.
Um livro forte e que mexe com as entranhas de qualquer um. Ninguém conseguirá ficar indiferente ao que esta autora descreve nesta obra.
Confesso que li as primeiras cem páginas com as lágrimas nos olhos e a caixa dos lenços de papel ao lado.
Relata a infância dolorosa, triste e angustiante da pequena Gabrielle que, desde que nasceu foi espancada pela mãe, uma nova-rica frustrada e sem um pingo de escrúpulos.
A pequena Gabrielle sempre se sentiu culpada: culpada pela raiva da mãe, culpada pela fraqueza do pai que assiste a todas as tareias, gritarias, abusos, sem nada dizer.
Foi parar ao hospital com 7 anos de idade, quase morta depois de uma tareia.
O pai, um inútil, ao sentir-se impotente resolve abandonar a família. Nessa altura a mãe “passa-se” e ai sim Gabrielle sofria todo o tipo de humilhações.
A certa altura a mãe resolve abandoná-la num convento e nunca mais quis saber dela.
Gabrielle refugiou-se na escrita e encontra nas suas histórias imaginárias um subterfúgio para a enorme solidão que a consome.
Formou-se na Universidade e, depois de 10 anos a viver no convento resolve tornar-se freira.
Entretanto, envolve-se com um padre de quem engravida. Ele suicida-se e ela, perde o bebé e é expulsa do convento.
Vê-se a braços com uma vida no exterior que não conhecia, sem dinheiro, com 2 vestidos e sem conhecer ninguém…
Aloja-se numa pensão. Começa a trabalhar num café/restaurante. Aos poucos começa a recompor-se, sempre com uma mágoa imensa do passado. Envolve-se com um canalha que vive à sua custa…
Um dos hóspedes da pensão morre e deixa-lhe uma herança que o namorado vigarista tenta roubar, acabando mesmo por espancá-la e deixá-la às portas da morte.
No hospital trava amizade com um médico que acabou por ser a sua tábua de salvação.
Nessa altura, decidida a deixar o passado na prateleira resolve procurar os pais. Descobre que o pai continua o mesmo imbecil e a mãe morrera.
Só depois de resolvidos os fantasmas começa uma caminhada para a felicidade ao lado do seu médico…
Um livro forte… infelizmente existem muitas crianças que são, todos os dias, maltratadas pelos pais. Todos os monstros que fazem isso deviam ler este livro. Pôr-se no lugar das crianças e perceber que quando damos fazem essas barbaridades estão a afectar todo um percurso de vida e personalidade dos seus filhos.
Apesar de ter chorado do princípio ao fim do livro, gostei imenso pela mensagem que passa.
Recomendo.

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